Tenho uma amiga que não vejo há anos, ou de piada fácil... há canos!!! Joaninha, foi uma miúda que conheci quando estudava no Valsassina. Começou por ser um namorico inconsequente e acabou numa excelente amizade, de pessoas inseparáveis nos bons e maus momentos... Lembro-me que quando fomos para Brighton, já tínhamos esta ligação e de passarmos o tempo todo a explicar que não éramos namorados, só amigos! Ninguém acreditava, tal era a nossa cumplicidade. Onde andava um, andava o outro.
Aturámos muito um do outro, sempre compreensivos aos problemas do outro, sempre presentes. Eu não sou de fácil trato e ela sendo alguém que era impossível de não gostar-se, tal era a sua doçura, também tinha as suas manhas e desvarios. Muita loucura fizemos e passámos os dois. Hoje em dia sinto falta das nossas conversas, de estar horas no café a falar de trivialidades ou simplesmente estar perto dela. Porque cada um no seu jeito entendia perfeitamente o outro por mais grave ou descabido que fosse a situação.
Pouco depois de voltarmos de Brighton, aliámos a data de aniversário do meu irmão e de uma colega de viagem, para ao mesmo tempo fazermos um jantar do grupo. Entre os convidados estava um amigo meu de infância que apresentei à Joaninha. A paixão foi mútua e começaram logo a namorar nesse mesmo dia. Essa relação durou precisamente um ano mas a Joaninha durante anos só via o Zé, podia namoriscar com este e aquele mas o Zé chamava e ela ia a correr.
Ela aprontou-me muitas, mas talvez a maior das loucuras que esta miúda fez-me, foi quando em plena altura da Queima das Fitas, quando estava eu na decoração do Baile da Queima, lembrou-se de fazer-se ao comboio mais a Joana Steglich e virem ter comigo a Coimbra, porque o Zé também estava em Soure! Aqui não está o bizarro da situação. O bizarro está em que ela não me disse que vinha, nem fazia a mínima ideia onde eu vivia! Ainda hoje não percebo como aquelas duas aves raras chegaram à porta da minha casa! Estou a ver o filme! Foi por acaso, deu-me para ir a casa, tomar um banho rápido antes de ir para a Queima com uns amigos. Estou a chegar à garagem e vejo aquelas duas almas plantadas à porta do prédio, à espera que eu chegasse!!! Foi uma sorte eu ter decidido ir tomar banho, porque senão teriam ficado pregadas naquela porta pelo menos até às seis da manhã!!!
Lembro-me de uma história que ela fez com a mãe excelente. Estava chumbadissima por faltas e pediu à mãe autorização e dinheiro para ir numa excursão geológica. Claro está que não eram esses os planos dela! Foi com o namorado passar o fim-de-semana fora! A mãe dela, pouco depois desta situação, recebeu a informação que ela não tinha ido à viagem como afirmara e desabafou com a minha. Veja lá que ela deu-se ao trabalho, quando chegou de me contar pormenores da viagem, das pedras e das caminhadas! Onde vai ela buscar estas histórias!? Mas era impossível alguém ficar chateado com ela! Porque ela fazia aquela cara, que só ela sabe e todos perdoavam-na! Porque não era com más intenções, era assim, porque era a Joaninha.
Esteve sempre comigo quando do meu acidente da coluna. Acompanhou-me desde o principio, indo ver-me a Coimbra e quando vim para Lisboa, apoio-me como poucos o fizeram. Acreditou sempre que eu iria recuperar, quando muitos não acreditavam e foi sempre um amor durante o meu processo de recuperação. Também preguei-lhe um susto quando tive o acidente da perna, porque ela também era um dos ocupantes do carro. Por isto nunca me vou conseguir desculpar, porque não há desculpas. Coloquei a minha amiga em risco de vida e é das coisas que não me perdoo.
Mas a vida segue, seguiu caminhos diferentes... A última vez que a vi, foi numa casualidade do trânsito. Eu ia a atravessar a rua e ela ia a passar de carro. Olhámos um para o outro e o sorriso apareceu em ambas as caras. Não houve tempo para troca de contactos, apenas um breve olá e tanto por falar, tanto por dizer! Joaninha voa, voa... à quantos anos não te vejo minha amiga?
Aturámos muito um do outro, sempre compreensivos aos problemas do outro, sempre presentes. Eu não sou de fácil trato e ela sendo alguém que era impossível de não gostar-se, tal era a sua doçura, também tinha as suas manhas e desvarios. Muita loucura fizemos e passámos os dois. Hoje em dia sinto falta das nossas conversas, de estar horas no café a falar de trivialidades ou simplesmente estar perto dela. Porque cada um no seu jeito entendia perfeitamente o outro por mais grave ou descabido que fosse a situação.
Pouco depois de voltarmos de Brighton, aliámos a data de aniversário do meu irmão e de uma colega de viagem, para ao mesmo tempo fazermos um jantar do grupo. Entre os convidados estava um amigo meu de infância que apresentei à Joaninha. A paixão foi mútua e começaram logo a namorar nesse mesmo dia. Essa relação durou precisamente um ano mas a Joaninha durante anos só via o Zé, podia namoriscar com este e aquele mas o Zé chamava e ela ia a correr.
Ela aprontou-me muitas, mas talvez a maior das loucuras que esta miúda fez-me, foi quando em plena altura da Queima das Fitas, quando estava eu na decoração do Baile da Queima, lembrou-se de fazer-se ao comboio mais a Joana Steglich e virem ter comigo a Coimbra, porque o Zé também estava em Soure! Aqui não está o bizarro da situação. O bizarro está em que ela não me disse que vinha, nem fazia a mínima ideia onde eu vivia! Ainda hoje não percebo como aquelas duas aves raras chegaram à porta da minha casa! Estou a ver o filme! Foi por acaso, deu-me para ir a casa, tomar um banho rápido antes de ir para a Queima com uns amigos. Estou a chegar à garagem e vejo aquelas duas almas plantadas à porta do prédio, à espera que eu chegasse!!! Foi uma sorte eu ter decidido ir tomar banho, porque senão teriam ficado pregadas naquela porta pelo menos até às seis da manhã!!!
Lembro-me de uma história que ela fez com a mãe excelente. Estava chumbadissima por faltas e pediu à mãe autorização e dinheiro para ir numa excursão geológica. Claro está que não eram esses os planos dela! Foi com o namorado passar o fim-de-semana fora! A mãe dela, pouco depois desta situação, recebeu a informação que ela não tinha ido à viagem como afirmara e desabafou com a minha. Veja lá que ela deu-se ao trabalho, quando chegou de me contar pormenores da viagem, das pedras e das caminhadas! Onde vai ela buscar estas histórias!? Mas era impossível alguém ficar chateado com ela! Porque ela fazia aquela cara, que só ela sabe e todos perdoavam-na! Porque não era com más intenções, era assim, porque era a Joaninha.
Esteve sempre comigo quando do meu acidente da coluna. Acompanhou-me desde o principio, indo ver-me a Coimbra e quando vim para Lisboa, apoio-me como poucos o fizeram. Acreditou sempre que eu iria recuperar, quando muitos não acreditavam e foi sempre um amor durante o meu processo de recuperação. Também preguei-lhe um susto quando tive o acidente da perna, porque ela também era um dos ocupantes do carro. Por isto nunca me vou conseguir desculpar, porque não há desculpas. Coloquei a minha amiga em risco de vida e é das coisas que não me perdoo.
Mas a vida segue, seguiu caminhos diferentes... A última vez que a vi, foi numa casualidade do trânsito. Eu ia a atravessar a rua e ela ia a passar de carro. Olhámos um para o outro e o sorriso apareceu em ambas as caras. Não houve tempo para troca de contactos, apenas um breve olá e tanto por falar, tanto por dizer! Joaninha voa, voa... à quantos anos não te vejo minha amiga?
2 comments:
Gostaria apenas de corrigir um erro imperdoável:
"Joaninha voa, voa... À Quantos Anos Não Te Vejo?"
PARA:
"Joaninha voa, voa... HÁ Quantos Anos Não Te Vejo?"
"Bigadona"
:)
Obrigado pelo reparo. Eu escrevo, por dois motivos. Ajuda a compreender-me e alivia a alma mas tenho a noção dou erros de pontuação e por isso gosto sempre destas correcções.
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