The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

Aos 15 anos, já jogava à bola mais seriamente e foi assim que conheci o Bruno Evangelista. Apareceu para treinar na posição de guarda-redes e acabou por impressionar, não só pelas qualidades futebolisticas mas para a grande arte que é a música. Animava as nossas viagens tocando uma guitarradas, fazendo com que o tempo passase depressa e fosse recheada de cavaqueira.

Fomos desenvolvendo uma excelente relação de amizade que ainda perdura pelos dias que correm. Com o passar do tempo, fui-me interessado pela guitarra e o Bruno com toda a paciência deste mundo foi-me ensinando como retirar os sons da guitarra. Em troca dessa paciência, eu proporcionava-lhe a bela da mousse de ananás da minha Mammy.

Muitos foram os serões passados na casa da minha mãe, até altas horas a compor músicas. Eu como de voz nada tinha e ainda só arranhava a guitarra, dedicava-me às letras, deixando a composição das melodias a cargo do Bruno. Recordo com gosto esses serões de onde brotaram músicas que o nosso grupode amigos, pedia insistentemente para serem tocadas. À uns anos reencontrei uma amiga desses tempos, e para meu espanto ainda levava na memória letras de músicas nossas!

Esta introdução, tem por finalidade a casualidade da noite de segunda-feira passada. Estava no café e aparecu uma guitarra. À anos perdidos que não toco, mas o bicho continua cá dentro! E Foi assim que me deparei a fazer um serão de guitarradas revesando com um amigo. Quando cheguei a casa, deu-me para fazer algo que à muito não o faço... não é do melhor que fiz, considero-me mesmo muito amador, causa de anos enferrugado, mas deixo aqui para apreciação. Agora vou aventurar-me e tentar encontrar a melodia certa.


Olho cristalino que esconde a alma

Mostra as palavras que não se fala

Embarga o silencio desta sala

E o coração que não acalma


Solta o que tens no fundo

Não quero voltar a crescer

Abriga-me em teu mundo

Sem fugas, sem mentiras, sem sofrer


Mas o mundo é feito para sofrer

De passados que não voltam,

Futuros que abortam

E sonhos que não podem haver


É impossível viver a sonhar

A realidade prende-nos de amarras

Mas sem puder ter as palavras

Apenas deixa-me o teu olhar

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Contagem Ao Segundo