The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

Quando recordo a minha adolescência e os tempos passados na Ericeira, vêm-me à memória aquela série espanhola do Verano Azul. As nossas viagens de Lisboa até aquela vila, eram feitas por quatro miúdos lado a lado na suas motas, relembrando a introdução da série onde os protagonistas aparecem numa passeata a andar de bicicleta.
Instalávamos as trouxas na vivenda do Brito ou em casa da avó do Ivo e à boa maneira do veraneante tuga, passávamos os dias entre os banhos na praia e os copos da esplanada. Naquela zona pitoresca passei dias muito divertidos, já reconhecidos pelos habitantes da vila e considerados uns putos à maneira.
São momentos inesquecíveis, as tardes passadas no Big Wave e as petas que o empregado contava das suas aventuras no surf. Histórias fictícias mas sempre numa boa onda iamos incentivando e fingindo acreditar. Encontrava-mos ócio no salão de jogos, numas partidas de snooker e de bilhar, depois de banhos de sol e de uns mergulhos naquelas àguas frias. Na praia o tempo era dedicado a gozar com os putos de Lisboa que se faziam à àgua como sendo grandes cromos do surf e do bodyboard ou a regalar os olhos com as miúdas, tal como Javi e Pancho miravam Bea.
A noite começava no bar Cadillac e os seus cocktails. De seguida rumávamos à discoteca polvo, onde iamos todas as noites, exceptuando as quartas e os fins-de-semana. Já conheciamos o pessoal e acabei por fazer amizade com uma das barwoman. Existia sempre bar aberto para nós! As noitadas de quarta e os fins-de-semana estavam guardados para a S.A. e o Ouriço. eram sempre grandes noites! Havia mais gente pela vila e por mais incrível que pareça acontecia sempre algo inabitual, uma rixa, uma conquista, copos a mais, novas amizades! Era impossível prever o que iria acontecer!
Tal como na série tivemos por lá algumas aventuras, namoricos e festarolas. Quatro miúdos nas suas travessuras, embuídos pelo espirito de verão! Que bons tempos e que saudades...


Contagem Ao Segundo