O lamento ecoado na escuridão da noite, é o meu uivo que tenta alcançar o céu, clamando pelo teu nome. A razão do meu canto, guarda a esperança, que o uivo bata à porta do teu coração e o deixes aconchegar-se no espaço que é seu por direito.
No timbre do uivo, vai a ambição de avivar o beijo, aquele que enche de luz, encandeia e incendeia. Aquele que envolve, levita e reconforta no lar que são os teus braços, o teu colo, as curvas que esculpem o teu corpo, o sabor da pele que encanta, deslumbra e vicia.
Leva o uivo bem além do horizonte de uma noite, leva-o para lá de um amor de praia, de um verão. Envolve-o na lareira que é o teu olhar, atraído no sorriso que alumia o caminho da felicidade, deixa-o criar raízes na serenidade que é a tua essência e na força que explanas, sem grande alarido ou imposição.
Estou à janela, já não uivo, calei. Escuto o silêncio da noite, enquanto queimo mais um cigarro à espera de boas novas. Um uivo teu, feito do orvalho da noite, só para refrescar a alma!
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