The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

Nos últimos fins-de-semana andei a pôr a conversa em dia, com um amigo e colega de adolescência. Com a nostalgia sempre presente fomos revivendo o passado, as aventuras e as grandes emoções que elas nos provocaram. As histórias já saem algo foscas, pormenores faltam, mas o sorriso nas nossas caras, ao recriar esses momentos, é impagável.

O local destes nossos encontros é no Botas, restaurante que este meu amigo possui em Ranholas. Apareci a primeira vez, durante uma tarde e acabei por ficar para jantar, chegando a permanecer até a hora de fecho. Passamos o tempo recatados a uma mesa, deliciando com os petiscos e regando os copos com bons vinhos. A conversa flui naturalmente entre duas pessoas que viveram as aventuras dos quatro magníficos. Enquanto vamos avivando mutuamente a memória relembrando episódios caricatos que nos fazem rir, falamos também, sobre outros que passaram pelas nossas vidas, como estão e o que fazem. A esposa deste meu amigo junta-se a nós quando o movimento da casa o permite e vai ouvindo todas as embrulhadas e desventuras da nossa sobrevivência à adolescência.

A conversa parece nunca ter fim, o que faz com que acabe sempre por voltar no fim-de-semana seguinte, para retomar o diálogo, como se nunca o tivessemos parado. Como se pode condensar no tempo de uma conversa, as várias histórias que temos no nosso livro de memórias? Tem sido um vício, ou melhor, um gozo. É de salutar poder reviver, em companhia, estas lembranças e estas aventuras. Poder recordar o tempo em que a vida nos permitia sermos livres, jovens e despreocupados com o amanhã. Memórias que parecem tão distantes, tão longe de onde nos encontramos mas que por estes dias parecem ter acontecido ontem. O tempo passou, os miúdos tornaram-se graúdos mas as histórias estão vivas na memória para perdurarem até onde o tempo as permita.

I know i’m going to die so my reveange is living well...

Contagem Ao Segundo