Estavamos em Abril e era chegada a altura de rumar à capital espanhola para a exposição da Arco. Na feira de Madrid podemos contemplar massivamente as obras de arte actuais, das galerias com maior projecção internacional. Um amplo espaço dividido por três edifícios. Um fim-de-semana que não chega para poder avaliar todas as peças de arte. Para mim, significava recolha de informação, ver outras perspectivas, assimilar novas ideias. Um recarregar da imaginação.
Desta vez não cometi o mesmo erro de fazer uma viagem longa mal amanhado num banco e comuniquei à direcção que não ia de autocarro. Peguei no meu Corsa e rumei direito de Lisboa para Madrid. Fiz a viagem pela madrugada. Era suposto estar lá às onze da manhã e saí de casa às cinco da manhã. Estava a fazer o caminho nas calmas quando atravessei a fronteira, sintonizei o rádio. Esqueci-me de um pormenor, a diferença horária! Estava uma hora atrasado! Paragem para um café e prego a fundo na estrada. Cheguei às onze e meia ao hotel e para meu espanto nada de autocarro e colegas. Pedi a chave do quarto na recepção e aterrei na cama. Entrou o Jorge pelo quarto a dentro às oito da noite! Tinha havido atrasos na partida de Coimbra e só tinham chegado naquela altura.
No dia seguinte, logo pela manhã fomos à exposição. Um turbilhão de ideias, de novas tendências, debates e mais debates sobre cada peça. Por fim os pés já não aguentavam mais e acabaram por pedir tempo para uma pausa, enquanto o estômago nos avivava a memória que estava na hora do almoço. Saí do edifício e dei com um calor abrasador para aquela altura do ano, tentei em vão procurar uma mesa resguardada pela sombra mas nada feito, todas ocupadas! Acabei por ficar com a Olga, a Bety e o Kent a comer umas sandes sentados no chão por baixo de uma palmeira. Decidimos tomar o café lá dentro, sempre estavamos acompanhado pelo valioso ar-condicionado. Ainda faltava visitar um edifício e as pernas não queriam mas a curiosidade foi mais forte! Acabei por visitar todos os pavilhões e galerias. Não escapou-me uma única peça de arte. Senti a cabeça repleta de informações e satisfeito por isso mas agora que retornava ao hotel o corpo começava a acusar o esforço e fui tirar umas horas de sono à cama antes de seguir para o jantar.
À noite ficámos pela zona do hotel. O dia tinha sido puxado e como havia um bar muito acolhedor nas redondezas, acabámos por não nos aventurar noutras paragens. Estava muito bem sentado a uma mesa a ter um momento agradável com um grupo de amigas, quando entra disparado pela porta o Chico Pato. Precisava de falar comigo à parte. Eu disse-lhe que podiamos conversar ali mesmo e ele com um certo desconforto de falar em frente às raparigas, contou-me que tinha descoberto um bar muito giro e que eu ia gostar muito do sitio. Tinha de lá ir com ele! Propus que fossemos todos, o Pato espantado e sem reacção seguiu os meus passos. Assim seguimos, Eu o Chico, o Jorge e o Kent, o professor de fotografia e o de cerâmica mais as miúdas. A Olga, a Susana, a Tucha e a Bety. ao chegar à porta dou de caras com um porteiro vestido de smoking e pensei que deveria se tratar de uma casa refinada. De certeza que seria difícil entrarmos todos. Cheguei-me à frente, por ser o único a falar castelhano e o porteiro com o maior sorriso do mundo abriu-nos a porta e não nos cobrou entrada. Senti-me o máximo! Um simples, buenas noches, fazia milagres!
Ao entrar fiquei abismado, de cara à banda! Por cima da minha cabeça existia uma jaula, com uma dançarina exótica! Agora entendia o desconforto do Chico Pato em falar à frente das miúdas! Estava num bar de striptease! As miúdas em vez de reprovarem a situação, pelo contrário adoraram a ideia de ficarmos por ali. Arranjáram-nos uma mesa perto do palco e as raparigas impoleiravam-se umas em cima das outras para ver quem conseguia ficar mais perto do palco. Entra então uma striper, para o último espectáculo da noite e começa a fazer a sua dança. Eu que já tinha assistido a alguns strips recostei-me a bebericar a minha cerveja enquanto as gatas assanhadas gladiavam por um local com maior visibilidade.
A striper já tinha retirado a totalidade da roupa e um assistente, chegando perto do palco, começou a recolher a roupa. Nada de anormal. De seguida, a striper fez algo com que eu não contava, acercou-se do assistente e retirou-lhe as calças, com um só movimento! Engasguei-me com a cerveja nesse preciso momento! Não acreditei no que estava a ver! O que estava a assistir, não era um espectáculo de strip mas sim de sexo ao vivo! Por aquela não esperava eu! Nem nenhum dos presentes! A coisa acabou e as miúdas e os professores retornaram ao bar onde estivemos. Eu e o Chico Pato, ainda ficámos encostados ao balcão a acabar as nossas bebidas enquanto o Jorge ia jogando numa slot-machine, nesse momento duas meninas, daquela profissão duvidosa, que ninguém dúvida, todas as pessoas sabem. Aproximaram-se de nós e convidam-nos para passarmos a noite com elas! Eu achei aquilo tão surreal que começei a entrar na conversa, pelo puro divertimento da situação, ia fazendo questões das mais variadas índoles. Disseram-me o preço e as acrobacias que podiam suceder durante a sua estadia connosco. O Chico não entendia patavina e tinha de estar sempre a traduzir a conversa. Agradou-lhe a ideia de poder passar a noite com aquelas meninas e nessa altura deixei de achar piada à conversa. Fui-me embora com o Jorge para o bar, deixando o Pato por sua própria conta e risco mas sem antes o avisar para ter cuidado.
Já se passara algum tempo desde que saira do clube de strip, estavamos todos a recarregar energias com um café e a forrar o estomago com umas sandes. Estava a preparar-me para ir acertar contas com os lençóis quando entra o Chico esbaforrido, lamentando-se pela perda da carteira como os documentos, dinheiro e o multibanco... Claro está, que todos percebemos o que aconteceu! Acabou por ser vigarizado e nem chegou a ter a companhia de qualquer das meninas da vida!
Desta vez não cometi o mesmo erro de fazer uma viagem longa mal amanhado num banco e comuniquei à direcção que não ia de autocarro. Peguei no meu Corsa e rumei direito de Lisboa para Madrid. Fiz a viagem pela madrugada. Era suposto estar lá às onze da manhã e saí de casa às cinco da manhã. Estava a fazer o caminho nas calmas quando atravessei a fronteira, sintonizei o rádio. Esqueci-me de um pormenor, a diferença horária! Estava uma hora atrasado! Paragem para um café e prego a fundo na estrada. Cheguei às onze e meia ao hotel e para meu espanto nada de autocarro e colegas. Pedi a chave do quarto na recepção e aterrei na cama. Entrou o Jorge pelo quarto a dentro às oito da noite! Tinha havido atrasos na partida de Coimbra e só tinham chegado naquela altura.
No dia seguinte, logo pela manhã fomos à exposição. Um turbilhão de ideias, de novas tendências, debates e mais debates sobre cada peça. Por fim os pés já não aguentavam mais e acabaram por pedir tempo para uma pausa, enquanto o estômago nos avivava a memória que estava na hora do almoço. Saí do edifício e dei com um calor abrasador para aquela altura do ano, tentei em vão procurar uma mesa resguardada pela sombra mas nada feito, todas ocupadas! Acabei por ficar com a Olga, a Bety e o Kent a comer umas sandes sentados no chão por baixo de uma palmeira. Decidimos tomar o café lá dentro, sempre estavamos acompanhado pelo valioso ar-condicionado. Ainda faltava visitar um edifício e as pernas não queriam mas a curiosidade foi mais forte! Acabei por visitar todos os pavilhões e galerias. Não escapou-me uma única peça de arte. Senti a cabeça repleta de informações e satisfeito por isso mas agora que retornava ao hotel o corpo começava a acusar o esforço e fui tirar umas horas de sono à cama antes de seguir para o jantar.
À noite ficámos pela zona do hotel. O dia tinha sido puxado e como havia um bar muito acolhedor nas redondezas, acabámos por não nos aventurar noutras paragens. Estava muito bem sentado a uma mesa a ter um momento agradável com um grupo de amigas, quando entra disparado pela porta o Chico Pato. Precisava de falar comigo à parte. Eu disse-lhe que podiamos conversar ali mesmo e ele com um certo desconforto de falar em frente às raparigas, contou-me que tinha descoberto um bar muito giro e que eu ia gostar muito do sitio. Tinha de lá ir com ele! Propus que fossemos todos, o Pato espantado e sem reacção seguiu os meus passos. Assim seguimos, Eu o Chico, o Jorge e o Kent, o professor de fotografia e o de cerâmica mais as miúdas. A Olga, a Susana, a Tucha e a Bety. ao chegar à porta dou de caras com um porteiro vestido de smoking e pensei que deveria se tratar de uma casa refinada. De certeza que seria difícil entrarmos todos. Cheguei-me à frente, por ser o único a falar castelhano e o porteiro com o maior sorriso do mundo abriu-nos a porta e não nos cobrou entrada. Senti-me o máximo! Um simples, buenas noches, fazia milagres!
Ao entrar fiquei abismado, de cara à banda! Por cima da minha cabeça existia uma jaula, com uma dançarina exótica! Agora entendia o desconforto do Chico Pato em falar à frente das miúdas! Estava num bar de striptease! As miúdas em vez de reprovarem a situação, pelo contrário adoraram a ideia de ficarmos por ali. Arranjáram-nos uma mesa perto do palco e as raparigas impoleiravam-se umas em cima das outras para ver quem conseguia ficar mais perto do palco. Entra então uma striper, para o último espectáculo da noite e começa a fazer a sua dança. Eu que já tinha assistido a alguns strips recostei-me a bebericar a minha cerveja enquanto as gatas assanhadas gladiavam por um local com maior visibilidade.
A striper já tinha retirado a totalidade da roupa e um assistente, chegando perto do palco, começou a recolher a roupa. Nada de anormal. De seguida, a striper fez algo com que eu não contava, acercou-se do assistente e retirou-lhe as calças, com um só movimento! Engasguei-me com a cerveja nesse preciso momento! Não acreditei no que estava a ver! O que estava a assistir, não era um espectáculo de strip mas sim de sexo ao vivo! Por aquela não esperava eu! Nem nenhum dos presentes! A coisa acabou e as miúdas e os professores retornaram ao bar onde estivemos. Eu e o Chico Pato, ainda ficámos encostados ao balcão a acabar as nossas bebidas enquanto o Jorge ia jogando numa slot-machine, nesse momento duas meninas, daquela profissão duvidosa, que ninguém dúvida, todas as pessoas sabem. Aproximaram-se de nós e convidam-nos para passarmos a noite com elas! Eu achei aquilo tão surreal que começei a entrar na conversa, pelo puro divertimento da situação, ia fazendo questões das mais variadas índoles. Disseram-me o preço e as acrobacias que podiam suceder durante a sua estadia connosco. O Chico não entendia patavina e tinha de estar sempre a traduzir a conversa. Agradou-lhe a ideia de poder passar a noite com aquelas meninas e nessa altura deixei de achar piada à conversa. Fui-me embora com o Jorge para o bar, deixando o Pato por sua própria conta e risco mas sem antes o avisar para ter cuidado.
Já se passara algum tempo desde que saira do clube de strip, estavamos todos a recarregar energias com um café e a forrar o estomago com umas sandes. Estava a preparar-me para ir acertar contas com os lençóis quando entra o Chico esbaforrido, lamentando-se pela perda da carteira como os documentos, dinheiro e o multibanco... Claro está, que todos percebemos o que aconteceu! Acabou por ser vigarizado e nem chegou a ter a companhia de qualquer das meninas da vida!
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