The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

Aos 41, ainda procuro por quem complete a outra metade de mim, este reboliço de sentir-me incompleto, que não dá descanso. Nunca é tarde para viver mas já se esvai o tempo e a esperança no cansaço da procura.

Não vou oferecer a alma e coração, a alguém que não é digno da pureza de sentimentos. A ser, que seja singular em toda a sua forma de esplendor, onde as memórias criadas são para sempre únicas e irrepetíveis. Não irei ceder à comodidade da companhia, por receio do silêncio da solidão.

Quero a paz que advém do respeito, da partilha a dois, sem julgamentos, sem segundas intenções, repleta de dedicação, sem nunca colocar em causa o que nos une ou a nossa identidade. Uma energia positiva de partilha, ao invés de consumida em egoísmo.

Quando tomo o rumo em direcção de quem gosto, faço-o da única forma que sei. Por inteiro, sem receios de mágoa do passado ou comparações. Faço-me à estrada a todo o gás, sem nunca olhar para trás mas não tolero chegar a meio do caminho para compreender que os braços do destino não estão abertos para receber. Se seduzem para percorrer um caminho, então o mínimo, é terem a certeza que querem o hoje, o amanhã, o sempre.

Começo um novo ciclo de vida com a convicção de querer abandonar rotinas, abraçando um novo mundo, uma nova realidade. Para trás fica a monotonia sem sentido, de esperanças vãs e promessas levadas ao vento, que prenderam amarras até ao abandono. Hoje sou mais amor próprio, hoje sou oriente, hoje acalento em mim todos os sonhos de uma vida estável.