The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

Ontem morri, amanhã sangrando cairei nessa luz. O futuro aberto para além do imaginável, no intuito de descobrir o porque da esperança morrer.
Perdendo o que se achou, num mundo tão vazio, suspenso de compromisso. Ainda é cedo para seguir o silêncio desse som. De alguma forma o sol se foi e para encontrar respostas, é necessário cair no esquecimento das perguntas, às quais sempre apelidámos de casa.
A razão encobre os olhos num esplendor desvanecido. Ilusões dessa luz. Um reflexo de uma mentira que mantêm-me esperando há tanto tempo pelo fim da vida. Este final de dia é a prova do tempo secando toda a fé que conheço. sabendo que a fé é tudo o que tenho.
Eu perdi quem sou e não consigo compreender onde começou o declínio, um coração desfeito que ressoa palavras sem sentido, continuando, continuando...
Mas sei, apenas sei, que começou o fim do desgosto. Quem sou desde os primórdios, menino traquina, de sorriso fácil, levar-me-à a bom porto, para um tempo ou espaço onde tudo fará sentido, onde existe harmonia e os sonhos se casam à realidade. Deixo-me ir, vou navegando, não ficarei calado, seguirei.
Todo este tempo perdido em vão, anos perdidos, palavras sem vida num mundo destruído mas a esperança insiste e esta luta não termina aqui. Há uma luz, há um sol que eleva-nos ao lugar que pertencemos. O amor irá prevalecer e ainda conquistarei a felicidade.
Amanhã cairei nessa luz.