Doce, eu digo o que sinto. Se olhasses para mim nesta hora em que colapso, irias vislumbrar um vulto atormentado pelo pêndulo do desejo versus a razão, quando a minha ânsia de amar-te, só encontra sossego quando embalado pelo teu toque. Rogo. Envia um sonho da família feliz, para que possa beber lentamente do que mais desejei e fingir que ainda me pertence.
Tu meu Doce, que és a arqui-rival do meu sono, meu suave veneno, vergo a teus pés e imploro. Envia um sonho da família feliz, pois estou saturado de lutar com a almofada, nesta batalha infinita de "ses" que arranham as cicatrizes do meu coração. Combate de memórias, saudades e desejos que teimam em carregar-me as olheiras, presente das noites em que tolhas o pensamento.
Neste reino do incompleto, onde lá longe a linha do infinito guarda só para si a paz interior, num egoísmo atroz. A solução para as insónias, seria o sonho iluminado pelo brilho desse olhar Doce, num enredo de abracinhos desmesurados de piolha. O soporífero perfeito para o descanso merecido deste corpo velho e degradado.
Doce, envia um sonho da família feliz
Se ainda amo? Muito. Se ainda quero? Para sempre. Se ainda vens? Não acredito mas...
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