The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida


O vaticínio várias vezes arremessado, como uma maldição que alcançaria o seu desígnio  talvez seja mesmo o final prometido. Quando a sucessão de eventos, teima em afirmar o trilho do destino, aceita o peso sobre o peito que teima em asfixiar e resigna a vontade, a pedaços de nada.
Prostrado em quarto escuro, envolvido pelos lençóis, em busca da companhia que só vive na memória da alma, a solidão é a recompensa oferecida, que aperta o querer e ainda mais o que não se quer. É uma lágrima que cai na convicção sem intenção de mudar a postura. A postura é a correcta. A razão, esse troféu que se conquista perdendo tudo.
Chega de sonhar com a felicidade, essa utopia que tolhe o movimento e entorpece a vontade. A letra do fado, já foi escrita e rasurada o suficiente, para compreender que o momento final, penetrará o coração contaminado, fundido à penumbra de um quarto vazio. Vazio, como a vida.
Já se morre a morte certa. Aconchega o corpo na bruma da solidão, envolve e aceita, que o mundo continua a girar, sem nunca se importar com a sua existência e mantêm sempre presente que o pecado foi sonhar.