Custam-me sobremaneira, ver o final de outros, especialmente quando já desafiei o meu final um par de vezes. Custa-me ainda mais quando tenho a noção que se trata de alguém com mais valor, com algo mais a oferecer à vida mas tal como diz a letra dos Trovante... só Deus tem os que mais quer.
Hoje as minhas orações, ou melhor pensamentos, já que não sou um católico convicto, estão contigo. Estão com a tua recuperação, estão com o teu bem-estar, pois a minha ausência seria irrelevante para muitos e a tua penosa para vários.
A história da semente aplica-se a este enquadramento. A pessoa semeia, vê crescer, ou vive na esperança de ver crescer, não para ver o resultado final mas porque é a sua competência perante a existência de outros. Eu não semeio, eu não planto, não fomento e muito menos partilho. Eu, singular, eu, solidão por mais partilhada que tente ser, serei sempre um elemento e não um conjunto.
Tu, tu que quebras o rochedo que é o teu pai a um misero grão de areia, tu que sugas a vida de uma menina de onze anos, que retiras por completo a alegria a um espaço de convívio, peço-te, rogo até, para que não deixes de lutar, que não nos deixes, pois embora sejas mulher-menina, és a alegria de muitos e o sono profundo em que te encontras não deve nunca tornar-se um vício constante. Acorda, acorda para a alegria de saber que muitos estarão felizes, só por te ver acordada.
Estamos à tua espera e este teu adormecimento tem causado um ímpeto de saudade. Volta P, sentimos a tua falta.
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