Hoje fecha-se um ciclo. Ficou muito por dizer, acho que ficará sempre. Nem sempre foi fácil, não sabias ser pai e eu não sabia ser filho, os feitios similares também não ajudaram à comunicação. Não soubeste lidar com o meu feitio, muito menos com a minha deficiência mas ai de quem ousasse dizer que eu não era capaz de algo. Atiravas-me às feras e por isso sou muito grato. Hoje se acredito que não existem impossíveis, devo a ti.
Impulsionaste as minhas maiores loucuras. Contigo calcorreei Éfeso numa cadeira de rodas, de perna engessada fui a uma das maiores cataratas do mundo, de canadianas fui à pesca de piranhas no meio da Amazónia e por ti fui buscar forças e ganhei um rali, o teu Rainha Santa.
Na infância e adolescência recordo, que mesmo quando chateados, sentávamos silenciosamente a ver as corridas de fórmula 1. Era o ritual que nos unia. Fosse a que horas fosse, lá estávamos nós. Tu a torcer pelo Senna, eu pelo Prost. Aprendi a história da F1 para te impressionar. Desde que deixei de viver contigo, nunca mais vi uma corrida. Este fim-de-semana, 24 anos depois, a F1 volta a Portugal. Acho que vou sentar-me em frente à TV, vou ficar em silêncio como fazíamos há muitos anos, fazer de conta que estás ali sentado ao meu lado. Vou ver a corrida e que onde quer que estejas, vou torcer para que sejas tu o campeão.
Até um dia destes Pai.Hoje fecha-se um ciclo. Ficou muito por dizer, acho que ficará sempre. Nem sempre foi fácil, não sabias ser pai e eu não sabia ser filho, os feitios similares também não ajudaram à comunicação. Não soubeste lidar com o meu feitio, muito menos com a minha deficiência mas ai de quem ousasse dizer que eu não era capaz de algo. Atiravas-me às feras e por isso sou muito grato. Hoje se acredito que não existem impossíveis, devo a ti.
Impulsionaste as minhas maiores loucuras. Contigo calcorreei Éfeso numa cadeira de rodas, de perna engessada fui a uma das maiores cataratas do mundo, de canadianas fui à pesca de piranhas no meio da Amazónia e por ti fui buscar forças e ganhei um rali, o teu Rainha Santa.
Na infância e adolescência recordo, que mesmo quando chateados, sentávamos silenciosamente a ver as corridas de fórmula 1. Era o ritual que nos unia. Fosse a que horas fosse, lá estávamos nós. Tu a torcer pelo Senna, eu pelo Prost. Aprendi a história da F1 para te impressionar. Desde que deixei de viver contigo, nunca mais vi uma corrida. Este fim-de-semana, 24 anos depois, a F1 volta a Portugal. Acho que vou sentar-me em frente à TV, vou ficar em silêncio como fazíamos há muitos anos, fazer de conta que estás ali sentado ao meu lado. Vou ver a corrida e que onde quer que estejas, vou torcer para que sejas tu o campeão.
Até um dia destes Pai.
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