Para que um novo rumo tome forma, há que criar a coragem de partir. O empurrão que necessitava aconteceu, impulsionou a necessidade de redescobrir alento. Agora, prestes a embarcar na maior das aventuras, já não existe força na esperança, que segure o barco ancorado ao cais. Não há tentação de olhar para trás, pois atrás, nada há além de miragens e esperanças perdidas.
É como se voltasse a ser criança, um frenesim de excitação e receio do desconhecido mas com a certeza de que parte para criar novas memórias, viver sensações desconhecidas num mundo milenar com raízes portuguesas. Talvez seja no oriente que encontre a cura, para este enorme vazio dentro de si.
Metódico nos passos, agora arrisca-se, já nada tem a perder. Perdido o seu mundo, ousa cegamente em busca de um rumo. Uma prescrição dúbia que dê alento, talvez na novidade consiga esquecer de sentir. Vai ou racha. Tudo ou nada, daqui a uns dias logo se vê o que o guardião do destino dita. Lusitano ou emigrante convicto.
Ao embarcar na roleta do destino, fecha-se os olhos recordando no recanto da memória, a brisa de olhar cintilante, a família que sempre ansiou e que um dia ousou apelidar de sua. Porque a saudade dessa história será um sentimento eterno, tal como a lua sente a falta do sol no céu matinal. No horizonte a ilusão de encontrar a cura, da falta imensa que faz viver um sonho feliz e que já não é seu por direito.
Adeus meu Doce, até já Macau
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MM design
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