The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida

No outro dia lia, viver perto do mar ameniza o stress. Não é o mar, é a sua imensidão que faz com que compreendamos o grão de areia que somos.
Fechei a lauda do qual nunca tive direito a passar, deixei de arranjar desculpas para as mutilações de privacidade, apenas aceitei que não poderia ter sucesso. Não foi o mar, esse embalo viciante que tolda os meus dias, foi a convicção do amor próprio que tenho de possuir.
É não privar das amizades, das conversas ou da essência de ser quem sou, é não sentir culpa por algo que não se fez, é sentir a consciência tranquila por dar muito mais do que alguma vez se recebeu. É amar sem esperança de retorno, são 1460 dias a sonhar com um único dia de postura decente que nunca existiu. É não mostrar disponibilidade, quando o verso da carta está aberto a nova escrita. Corpo e alma estiveram lá.
É ver a mesquinhes de quem jogou pedras, vive da hipocrisia de utilizar aquilo que foi dado por amor, banalizar o que foi dado com alma, trocado pela moeda do consumismo. Que bem que sabe, dormir profundamente, bom que foi entregue sem barreiras e agora utilizado para consumo popular. Obrigado destino, pelo reflexo desse espelho.
Ao invés do sentimento de traição profunda que oculta cada acção, cada manietação ou cada abuso, o melhor de tudo é a hipocrisia das palavras, duras como pedras no apedrejamento de acusação absurda.