The Real Johnny Bravo

Histórias de um livro chamado vida


Sentado à beira-mar, evadido pelo ecoar dos trovões dentro da cabeça, cegado pela luminosidade dos seus raios, a questão repete-se infinitamente: Será que ainda há vontade de vencer a tempestade?
Foge como areia entre os dedos, a noção do que significa tudo isto. Será uma demência ou um desmoronar do castelo? Sem nunca entender uma perspectiva maior, que retira qualquer hipótese de alcançar a perfeição, que se encontra ao virar da esquina.
A minha razão é deturpada por uma enxurrada de sentimentos, que fazem acreditar que a preferência deve recair em sangra de amor, que viver sem cicatrizes. Mas o equilíbrio, esse, só se atinge quando há consonância de vontades. A rampa, será sempre um plano inclinado enquanto a preferência não for consonante no outro extremo.
Talvez não optar, seja a opção sensata. Parado, não se opta, o mundo passa sem dar conta que existimos, e com o tempo vai-se esquecendo que alguma vez estivemos por cá.
É à beira-mar, sentado a contemplar a tempestade afastar-se lentamente, que os dias passam devagar, levando a vontade de acreditar.